O jardim japonês é parte integrante da tradição cultural do Japão. Encontrado em casas, parques, templos, e locais históricos como antigos castelos. São jardins tradicionais que priorizam por uma estética diferenciada e detalhista. Encontrados no Japão e em muitos países no ocidente, os jardins costumam ser influenciados pelo Zen. Mantendo costumes tradicionais como a cerimônia do chá.
Acredito que alguns de vocês já saibam, mas eu sou um brasileiro de coração dividido. É meio caro amigo, não é assim tão difícil de se apaixonar pela cultura dos outros. No entanto tenho uma relação especial com a Argentina. Morei muitos anos em Buenos Aires e continuo tendo grandes amigos por lá.
Na última semana tive que fazer uma viagem meio que improvisada para a Argentina. Não visitava o país a mais ou menos cinco anos. Por causa disso decidi aproveitar para visitar o jardim japonês no meu horário vago. Não foi minha primeira vez lá no jardim, mas foi minha primeira vez como adulto e conhecedor da língua e a cultura japonesa.
A comunidade japonesa na Argentina é consideravelmente menor do que a que temos no Brasil. Ela não está espalhada pelos estados e nem sequer tem um bairro considerado “japonês”, como a liberdade. No entanto, assim como toda comunidade japonesa, a presença cultural é muito forte nos descendentes. Considerado um dos maiores e mais bonitos jardins japoneses fora do Japão, ele completa seus 50 anos agora em 2017. Importantes personalidades japonesas já visitaram o jardim.
O jardim, hoje administrado pela “Fundación Cultural Argentino Japonesa”, é extremamente fiel à sua cultura japonesa. Os detalhes são encontrados em todo instante e em todo lugar. No corte das plantas e das árvores. No caminho, nas pontes e nas instalações. Até mesmo os postes de luz que se encontram dentro do jardim, carregam consigo a delicadeza japonesa.
Mas o que tem no jardim para ver? Dentro do jardim você tem diversos setores. Você pode encontrar lá diversas “atrações”. Um caminho de sakuras, monumentos religiosos e aos imigrantes, um restaurante de sushi, um lago gigantesco com diversas carpas, pontes tradicionais e uma linda casa de chá. Tem um grande e lindo cino que vem direto do Japão como presente do governo japonês. Assim como um lugar para tirar fotos, portais e um gift shop. O jardim é grande e muito lindo.
Quando eu era adolecentes eu tive a oportunidade de participar de uma cerimônia do chá no jardim japonês. Infelizmente não é mais possível fazer parte da cerimónia, mas você pode ser espectador. Um momento lindo que acontece em uma casa rica em detalhes com instrumentos que tem mais de um século de idade. Um breve vislumbre da beleza que é a cultura milenar japonesa.
Vale a pena ir em Buenos Aires e gastar seu tempo e dinheiro com o Jardim Japonês? Minha resposta é sim! O lugar é muito bonito e vale muito a pena ir conhecer. Para você que é uma amante da cultura japonesa, ai então vale em dobro. A beleza do lugar encanta até quem não gosta dos nossos amigos da terra do sol nascente, imagina pra quem já é fã. O custo para entrar no jardim é de 95 pesos argentinos (AR$95,00) por pessoa. O que seria em torno de 20 a 25 reais, dependendo da conversão. Não me parece nem um pouco caro para o retorno que você terá. Em contrapartida, o restaurante dentro do jardim japonês, embora muito lindo, é relativamente bem caro. Não sei dizer se é gostoso, pois não tive coragem de encarar os valores salgados.
Então vamos aprender um pouco de japonês com o jardim. Como você deve ter lido lá em cima, jardim japonês em japonês é 【日本庭園】. Sua leitura é nihon teien. Formado por quatro kanjis, os dois primeiros 【日本】, são referentes ao Japão. Teien 【庭園】, por sua vez, é jardim. Talvez para alguns de vocês o kanji 【園】 seja familiar. Ele é encontrado em uma palavra bem comum para quem aprende japonês que é Kōen 【公園】, “parque”. Quer conhecer e estudar mais sobre os kanjis? Só baixar esses e-books do kotobá com os kanjis do N5 e do N4.
E ai gostou do jardim japonês? Me conta la nos comentários! Se você já visitou o jardim japonês em Buenos Aires ou em algum outro lugar, me conta como é que foi tua experiência.
Agora, é a sua vez! Comente aí embaixo o que você achou do assunto.
Psicólogo de formação, Já morou em Argentina e Chile mas foi na cultura Japonesa que se apaixonou. Co-fundador do canal culinário e cultural, Japa na Chapa. Tem como autor favorito da literatura japonesa Yasunari Kawabata.
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